A infância é uma etapa da vida humana caracterizada por uma constante exploração do mundo. Esta exploração e o estabelecimento de diferentes relações (familiares e grupo de pares) permitem que diversas emoções e sentimentos sejam experienciadas. Muitos dos comportamentos desta fase de desenvolvimento tendem a perdurar ao longo da vida.
A insegurança da criança é um estado emocional onde predomina a perceção de incapacidade perante determinadas situações. Esta insegurança pode ser manifestada pela timidez, medo, ansiedade, agitação psicomotora, alterações afetivas, dificuldade em estabelecer relações.
Algumas crianças são introvertidas/tímidas e outras extrovertidas, constituindo assim características da personalidade da criança e não um problema. Torna-se um problema quando afetam o desenvolvimento psicossocial da criança. É importante refletir que todas as crianças são diferentes e devemos respeitar as idiossincrasias e ajudá-las a sentirem-se confiantes, acolhidas e integradas no seu mundo.
Deixamos algumas dicas/estratégias para ajudar a criança a desenvolver competências sociais e afetivas que lhe permitam diminuir a insegurança e aprender a lidar com o mundo exterior:
Não faça comparações entre crianças. Cada criança é única e singular e as suas características devem ser respeitadas. Encoraje-a a desafiar os seus medos e assuma-se como o seu ponto seguro, pois pode provocar um sentimento de culpa na criança. Opte por dar confiança e não se esqueça que representa um ponto seguro;
Não dê relevância a comportamentos que evidenciam insegurança, como por
exemplo corar, ficar envergonhada(o) na presença de desconhecidos.
Quando damos atenção aos comportamentos da criança que surgem em consequência do seu desconforto, estamos a valorizar as suas dificuldades e isso poderá causar-lhe sofrimento e a comprometer o seu desenvolvimento;
Dê pequenas responsabilidades à criança e reforce positivamente as suas conquistas. Oferecer à criança a execução de pequenas tarefas onde sabemos que ela irá ser bem-sucedida promove o aumento da sua confiança;
Promova o autodiálogo positivo. Ajudar as crianças a gostar da sua forma de ser e a explorar alterativas a situações que correram mal ajuda ao aumento da confiança e do bem-estar. Por exemplo, se a criança vê um pedido de brincadeira recusado por um amigo, a sua capacidade de pensar positivamente sobre o seu problema ela vai encarar esta rejeição como uma oportunidade de procurar outra criança com quem possa brincar.
É importante desenvolvermos um olhar atento e sensível acerca destas questões.
Os sentimentos de insegurança condicionam a vida das crianças e têm um impacto psicológico muito grande. Se que o seu filho(a) é inseguro(a) e se isso está a condicionar o seu desenvolvimento saudável e feliz, não hesite e peça ajuda a um profissional de Psicologia.
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